«Nunca tenha a certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida.», dizia Freud, e eu concordo plenamente.
Esta será, porventura, uma estranha forma de começar um blog que se propõe ajudar as pessoas na busca de si próprias, na procura de um caminho de valorização pessoal, espiritual, profissional e social, na prospeção da paz, da felicidade, da harmonia e no encontro com o amor.
E porque eu subscrevo esta frase, não posso dizer que é assim, pois não tenho a certeza, mas acredito que sim, embora tenha dúvidas.
Em minha opinião, a certeza cristaliza as pessoas e as coisas, levando à consciência errónea de objetivo atingido e, como tal, à acomodação, ao imobilismo e, em muitos casos, até mesmo à arrogância tão característica da imaturidade. A dúvida, por sua vez, conduz à inquietação, à necessidade de buscar, de procurar, de pesquisar, de questionar; ela impele-nos a andar para a frente; impõe-nos um inconformismo que nos faz avançar no caminho; orienta-nos no trilho inconstante da procura constante da luz, da paz, do amor, do discernimento, da humildade, do conhecimento,... da sabedoria.
Não tenho a certeza, mas acho que a certeza pode ser sinónimo de imobilismo, enquanto que a dúvida é sinónimo de movimento; a certeza pode ser sinónimo de arrogância, enquanto a dúvida é sinónimo de humildade; a certeza é um ponto, a dúvida uma reta; a certeza dá-nos um falso fim, a dúvida um verdadeiro começo; a certeza ancora-nos na medionidade, a dúvida catapulta-nos para a excelência.
A única certeza que tenho, após seis décadas de vida, é que o amor é a única coisa que vale verdadeiramente a pena. Disto não tenho dúvidas, pelo que pode ser um sério indício de falta de sabedoria. Talvez sim, talvez não, mas quando isto deixar de ser uma certeza e passe a ser uma dúvida, prefiro trocar a sabedoria pela ignorância.
Rumo a novas metas!!